31 de dez. de 2008

63kg de músculo e fúria.

Eu sou o sorridente, o cara que tem primos como irmãos, família como clã, timidez esgotada no álcool. Sou a raça negra de uma família careca, sou a união de uma guerra Magalhães, sou o futuro de uma ignorância difundida.

Tento ser o tesouro, um esporro negro, um alvo, uma cria para deboches, tento ser o que leva isso com humor, ignorando o motivo de fazer humor dos ignorantes. Sou um Magalhães corrompido por felicidade, me fazendo vítima de uma família cheia de buracos que procuram no sorriso e felicidade motivos para o despache de uma loucura que não existe, de uma felicidade feita novamente no álcool. Porem felizes.

Sou o Tarso do pasquim, o Lula sem dedo, o amigo moça, das graças feitas contra o paradigma de ser macho. Sou o que tem o menor pau, que se gaba do maior, que sorri dos grandes, que acredita nos pequenos e no fim todos temos o mesmo tamanho.

Sou a parte podre de uma sociedade bem maquiada, de uma vontade de ser jornalista, que se depara com celebridades que tem vontade de ser gente.

Sou o ego de ter um diário, que deixou de ser íntimo para esporrar um monte de merda pessoal na cara de um bando de pessoal de merda.

Sou a vontade de gritar o rock, dançar o samba, criar um recife do pequi no meio do cerrado, sem nem ao menos saber fazer música, e morrer enganando aqueles que me escutam cantar um manguebit sem refrões.

Sou o despejo de vontade de uma criança com medo da verdade, desempregada, por preguiça e cobiçada por estrada, que faz rimas com a vida e o simples motivo de viver sem ao menos conhecer um terço da vida.

Sou Breno Magalhães um falso egocêntrico de 2008.

30 de dez. de 2008

Professores da vida.

Quantas vezes temos que apanhar da vida? E quantas vezes temos que sofrer? E quando é à hora de fazer tudo parar?

Quando mais novo, aprendi a sorrir, palavrinhas mágicas, soletrar e conjugar. Mais tarde aprendi algo que não se aprende na escola. O tal do amor.

O amor é uma graça né? Um dia a gente conhece alguém que nunca vimos na vida, essa pessoa te fala uma ou duas coisas legais sobre você, aproveitamos a oportunidade, discutimos gostos pessoais, um beijo, um carinho e pronto. Ai um dia você liga e escuta um “acho que devemos ser apenas amigos”. Alguém enfia uma colher em você e fica misturando o que você tem dentro, uma semana, um mês, um ano, de repente, acontece tudo de novo.

Ta ai, definição de amor em 6 linhas.

O pior é quando a gente brinca de pierrot e colombina, que fica naquele amor sem amor, onde o amor só se vê em lagrimas, e por parte de um, apenas.

Ai o amor vira samba e a rima com o malandro transforma o amor em cavaco e cerveja, amor bonito, esse que faz daquele que trai o tal do malandro.

Em fim, amor rimado com música e verdade fica nisso, cheio de coisa certa e no certo/real, fica ó incerteza. Triste para quem ama, mesmo que o tal do amor seja a coisa mais linda.

Gay? Nada, coisa de 2009. Motivo para seguir a vida só com o amor mesmo.